Os estão de volta em “Minions 2: A Origem de Gru”. A sequência acompanha os ajudantes amarelos de “” que, de tão queridos pelo público, ganharam próprios. No entanto, o que a produção da animação não poderia imaginar era que esses criados de Gru ganhariam outro significado no Brasil.

Desde 2018, quando (PL) foi eleito presidente, o termo “” vem se difundindo pois a junção das palavras “Bolsonaro” e “Minion” começou a ser usada para apelidar os apoiadores do político.

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Ao chamá-los desta maneira, a intenção é dizer que os seguidores do presidente aceitam cegamente o que ele diz, sem fazer qualquer tipo de questionamento sobre o assunto. A analogia coloca Bolsonaro como Gru: o chefão atrapalhado que fala o que pensa e seus discípulos apenas obedecem.

Outra ligação entre esta parcela de eleitores brasileiros e os personagens do de animação é a cor, pois os Minions são amarelos, assim como a camisa da seleção brasileira, item que foi “dominado” pelos apoiadores de Bolsonaro em protestos a favor do presidente.

Quanto à criação do termo, não é possível cravar um autor. O que se sabe é que, uma vez que o nome apareceu, ele foi difundido por toda a internet brasileira.

Cartaz de 'Minions 2: A Origem de Gru' Imagem: Reprodução

Aceitação

Inicialmente, o termo era considerado pejorativo e utilizado principalmente por pessoas com posicionamentos políticos contrários ao do atual Presidente da República. O tempo foi passando e os próprios apoiadores abraçaram a ideia de ter uma espécie de nome para chamar os que se identificam com as mesmas ideias.

A brincadeira se tornou tão bem aceita entre os eleitores fervorosos de Bolsonaro que se tornou comum vê-los se autointitulando de “bolsominions”.

O bolsominion que habita em mim comprimenta o bolsominion que habita em você!???????????????? ???????????????? ????????????????BOLSONARO REELEITO ???????????????? ????????????????

? Vereadora Jessicão (@a_jessicao)

O deputado federal (PL), filho de Jair Bolsonaro, chegou até mesmo a comemorar o seu aniversário de 2019 com uma festa temática de Minions: a decoração contava com bexigas amarelas estampadas com imagens dos personagens.

Entre os eleitores famosos, também não há problemas na utilização do termo, como aconteceu com . A ex-Fazenda rebateu a acusação da modelo Suzy Cortez de ser uma “bolsominion arrependida”, sugerindo que ela estaria desgostosa com a gestão do presidente. “Não sou bolsominion arrependida. Eu sou bolsominion e vou votar nele na próxima eleição. No Lula eu nunca vou votar”, disse Urach em publicação feita no Instagram.

Durante participação no Splash Show, ela disse: “As pessoas lutam pelo direito de ser feminista, pelo direito de ser gay. Por que eu não posso lutar pelo meu direito de ser bolsominion?”

Já o consultor de etiqueta e apresentador Fábio Arruda fez uma festa temática de Minions em 2019 e, em , disse não se incomodar ao seu chamado pela alcunha, mas não gosta que as pessoas o julguem sem conhecimento.

“Sou totalmente Bolsonaro, apoio. Para as pessoas que não têm a mesma opinião eu respeito a delas. Respeitem a minha. E se não quiser respeitar, não estou preocupado. Para mim, [‘bolsominion’] não me causou registro algum. Pessoas informadas têm a possibilidade de abstrair certas colocações e informações. Gente jocosa me irrita. ‘Se hay gobierno, yo soy contra’ é antigo, libertário, revolucionário, é bobo. Seja contra, mas com propriedade. Se me convencer, passo a te respeitar”, afirmou.

O Filme

É claro que toda a divulgação de “Minions 2: A Origem de Gru” tenta fugir ao máximo da relação com os eleitores de Jair Bolsonaro, afinal se trata de uma animação voltada ao público infantil. Mas, em um Brasil que vive o ano eleitoral, fica difícil desvencilhar o personagem da imagem que ele ganhou por aqui.

Enquanto isso, na produção que chega nesta quinta-feira aos cinemas, os ajudantes ajudam Gru ainda criança a descobrir como ser vilão.